A Mecânica do Amor
Espetáculo com direção e dramaturgia de Júlio Conte busca o questionamento do homem contrastando a visão simples e irreverente de dois mecânicos frente á dignidade corrompida de um político investigado e de um lobista
Em meio à rotina inconstante de trabalho, os mecânicos Jambolão e Caneta buscam entender sua posição no mundo, as mulheres, a Internet e o contemporâneo sob o vértice nu e cru do universo masculino. Envoltos em seus afazeres, felizes e satisfeitos com suas vidas, seguem na luta para ganhar a vida quando eles recebem a visita de Ricky, político investigado e Anselmo, seu amigo lobista. Homens de distintas classes sociais, posições profissionais e ambições, são mesmo tão diferentes assim? O espetáculo busca o questionamento do homem, sem papas na língua, homens falando de homens, expondo-se nas mais diversas situações. A ansiedade masculina num espectro social, a necessidade absoluta e irrefutável do vencer e o pavor do fracasso.
O texto de Júlio Conte discute o homem nos dias de hoje, sua relação com o universo feminino, trabalho, ética e outros assuntos de absoluta atualidade, como corrupção, ganância, ambição e fidelidade. Política e cotidiano funcionam como pano de fundo em uma narrativa que mistura comédia e drama.
Jambolão é o atual proprietário da oficina e Caneta seu funcionário. Simplórios, engraçados, divertidos e cruéis. Aprisionados num universo masculino que se impõe na luta pela sobrevivência e manutenção da dignidade da vida. São uma espécie de Wladimir e Estragon da peça de Samuel Beckett, Esperando Godot, porém cheios de esperança, enfrentam a vida com simplicidade e com um orgulho quixotesco. Ricky era colega de Jambolão na infância e um fato pode voltar a tona para solucionar ou aumentar o problema da investigação que sofre. Seu parceiro Anselmo, lobista experiente, busca evitar que Ricky seja preso, condenando toda a sistemática do esquema. E é na “Mecânica do Amor” que o caminho destes quatro homens vai se cruzar.
Amor, casamento, sexo, amizade e o mito “testosterona” são aqui discutidos à exaustão, abrindo, finalmente, um espaço para o questionamento do homem contemporâneo sem tabus ou moralismo. Os quatro personagens são interpretados por dois atores. Tal recurso demanda um trabalho especial e especifico de interpretação e direção. Um desafio por certo para todos, inclusive à platéia. A restrição de atores torna-se justamente o modo criativo de resolver a trama e favorecer as identificações.
FICHA TÉCNICA
Texto e direção: Júlio Conte
Elenco:Lucas Sampaio e Fabrizio Gorziza
Iluminação:Fabiana Santos
Cenografia:Kiko Angelim
Figurinos: Thaís Partichelli
Arte Gráfica:Lúcio Salimen
Vídeo:Gabriel Ditelles
Fotos: Fernando Piccoli
Bilheteira: Raquel Belisario
Assistente de Produção: Ariel Medeiros
Produção Executiva, Assessoria de Imprensa e Mídias Sociais: Gustavo Saul
Direção de Produção: Patsy Cecato
Duração: 60 minutos
Realização:Cômica Cultural
Classificação:14 anos
Temporada: 20, 21 e 22/11 às 20 horas no Canal Cômica Cultural no YouTube: https://cutt.ly/DgUMeaJ
Ingressos: https://www.sympla.com.br/comicacultural
O link direto do vídeo será disponibilizado sempre 15 minutos antes das sessões!